A Associação de Moradores do Estaleiro (AME) denuncia o descaso da Prefeitura Municipal em deixar toda a comunidade sem um sistema de abastecimento de água. Mais de dez requerimentos já foram encaminhados ao prefeito Edson Piriquito, e à Empresa Municipal de Água e Saneamento de Balneário Camboriú (Emasa).
Até o momento nada foi feito.Segundo o vice-presidente da AME, Laurindo Pedro Ramos Filho, a água que a comunidade utiliza para consumo, higiene e outros, vem, hoje, de poços artesianos perfurados nos pátios de suas residências ou de cisternas que acumulam as águas das chuvas. "O prefeito disse, em dezembro de 2010, que já havia um projeto de abastecimento das praias agrestes e que faltava, somente, ser aprovado o recurso em Brasília. Por qual motivo nada foi confirmado ainda? Não quero que o bairro fique sem água", disse Laurindo.
O morador Elias Vieira espera que tal projeto não demore muito a ser realizado. Ele explica que a cada ano que passa fica mais difícil encontrar água e os poços, já em uso, estão secando. "Contratei uma empresa que cavou 160 metros e não achou água. Já cavamos mais quatro poços e nada foi encontrado também. Nossa sorte é que um vizinho nos cede água de uma cachoeira que possui em seu terreno. Ela chega meio amarelada. Para beber, só comprando mesmo. Não sei até quando agüentaremos isso. Pagamos impostos como todos e nada é investido aqui", afirma Vieira.
Só em 2012
De acordo com a gerente de expansão da Emasa, Kelli Cristina Dacol, o projeto de abastecimento das praias agrestes de Balneário Camboriú está pronto. Contudo, ela admite que sua implantação vai demorar um pouco. Pois é necessário licitar a desapropriação dos cerca de seis terrenos que serão utilizados para construção de reservatórios e sistemas de bombeamento que conduzirão a água da estação de tratamento até o bairro.Dacol explica, ainda, que se faz necessário um estudo ambiental para execução do projeto e há previsão de que o mesmo só seja contratado em abril desde ano e concluído em até três meses. "Além disso, estamos aguardando a liberação do recurso federal de R$ 5,6 milhões aprovado no PAC 2, publicado em 15 de novembro de 2010. Precisamos, também, autorização da concessionária Autopista Litoral Sul para passar por debaixo da BR-101 uma adutora que conduzirá a água da estação de tratamento até os reservatórios do bairro. Como são muitas as exigências, acreditamos que até 2012 estará iniciada a execução da obra", afirma.
Fonte: Jornal Tribuna Catarinense - 05/02/2011
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